• cataventodaalegria@gmail.com

OS PAIS ENVELHECEM

OS PAIS ENVELHECEM

Talvez a  mais rica, forte e profunda  experiência  da caminhada  humana seja a de  ter um filho. Ser pai ou ser mãe é provar os limites que constituem o sal e o mel do ato  de amar alguém.   Quando nascem, os filhos comovem   por sua  fragilidade,  seus imensos  olhos, sua  inocência e graça.  Eles chegam à nossa vida com promessas de amor incondicional. Dependem de nosso amor, dos cuidados  que temos. E retribuem com gestos que enternecem.   Mas os anos passam e os filhos crescem.  Escolhem seus próprios  caminhos, parceiros  e   profissões. Trilham novos  rumos, afastam-se da matriz. O tempo se encarrega da formação de novas famílias. Os netos nascem.

         ENVELHECEMOS! E então  algo começa a mudar. Os filhos já não  têm pelos pais  aquela atitude  de antes.  Parece que  agora só os  ouvem para  fazerem críticas,  reclamarem e  apontarem-lhe falhas. Já não brilha mais nos olhos  deles aquela admiração da infância. E isso é uma dor imensa para os pais. Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebe as mínimas faíscas  no olho de um filho.  Apenas  passaram-se alguns anos e  parece que  foram esquecidos, os cuidados e a sabedoria que antes era referência para tudo na vida.
     Aos poucos, a atitude  dos filhos se torna cada  vez mais impertinente. Praticamente  não ouvem mais  os conselhos.  A cada dia  demonstram mais impaciência. Acham  que os pais  têm opiniões superadas, antigas.  Pior é quando implicam  com as manias, os hábitos  antigos, as velhas músicas.   E tentam fazer   os velhos pais   adaptarem-se  aos novos tempos,   aos novos  costumes. Quanto mais   envelhecem os pais, mais os filhos assumem  o controle.

 Quando eles  Estão bem idosos, já não decidem o que querem fazer   ou o que desejam comer e beber.  Raramente são ouvidos quando   tentam fazer   algo diferente. Passeios,   comida, roupas,  médicos, tudo,  passa a ser   decidido pelos filhos. E, no entanto, os pais estão  apenas idosos. Mas continuam  em plena posse da mente.  Por que então desrespeitá-los?  Por que  tratá-los como se fossem  inúteis ou crianças sem discernimento? E, no entanto, no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há tanto amor.  Naquelas mãos trêmulas,   há sempre um gesto que  abençoa  e acaricia.  A cada dia que nasce, lembre-se, está mais perto o dia da separação  Um dia, o velho pai já não estará aqui. O cheiro familiar da mãe estará  ausente. As roupas  favoritas para sempre dobradas sobre a cama,

Os  chinelos  em um canto  qualquer  da casa.  
Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos.  Paciência com eles quando se recusam a tomar os remédios,  quando falam  interminavelmente sobre doenças, quando se queixam de tudo. Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça as histórias, mesmo que sejam repetidas,  e dê-lhes atenção, afeto… Acredite: Dentro daquele velho coração brotarão todas as flores da esperança e da alegria.

Editor - G.D. Rueda

Desenvolvedor de sistemas, palhaço, DJ, palhaço hospitalar, administrador do site e integrante do grupo Cata-Vento da Alegria.

Deixe o seu comentário.

* Os dois emails devem ser iguais, para enviar o comentario !!!