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O Jardim Secreto de Cada Um

O Jardim Secreto de Cada Um

Há dentro de todos nós essa necessidade de ter em algum lugar, nosso jardim secreto, não onde vamos confinar nossos segredos, mas onde podemos ter um encontro real e exclusivo conosco.

Umas pessoas sentem mais necessidade que outras de estar consigo de vez em quando; interiorizar-se; colocar em ordem os pensamentos ou simplesmente abandonar-se é vital, para o equilíbrio de todos nós.
Em todo relacionamento onde o amor existe, esse espaço deve ser conservado como o limite de cada um. Os relacionamentos fusionais que ultrapassam essas barreiras acabam por destruir-se pois amar é também respeitar que a outra pessoa tenha seu recanto, seus pensamentos e, porque não, seus próprios amigos, próprias idéias e sonhos.
As pessoas não precisam estar juntas cem por cento para provarem que se amam. Elas se amam porque se amam e pronto. Dar ao outro, um pouco de ar para respirar, é dar-lhe também a oportunidade de sentir falta de estar junto.
E isso vale tanto para os amores como para as amizades. As cobranças intermináveis, resultados de carências afetivas acabam por sufocar a outra parte e cria na que pede, espera, implora; ansiedades que a tornarão infeliz, pois ela verá como desamor qualquer gesto que não corresponda ao que espera.
Amar é deixar o outro livre para ficar ou para se retirar. É respeitar seu silêncio, o seu desejo de solitude. É deixá-lo livre para ir e voltar, quando seu coração pedir, que isso seja… numa cidade, numa casa ou num país.
Nada impede que um grande e lindo jardim seja construído juntos e que de mãos dadas se passeie por ele com o peito cheio de felicidade e a cabeça cheia de sonhos… Mas ainda assim, o jardim secreto de cada um deve ser mantido como lugar único e que vai no fim das contas enriquecer as relações.
Conta-se que certo mercador grego, rico, ofereceu um banquete, com comidas especiais. Chamou seu escravo de confiança e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor iguaria. O escravo retornou e ao remover a cobertura de um belo prato, assustou-se ao ver uma enorme LÍNGUA?!! Este é o melhor prato?
O escravo sem levantar a cabeça respondeu:- Sim Senhor. É com a língua que pedimos água, dizemos palavras de esperança, oramos, cantamos, dizemos palavras de amor…
Não convencido o mercador pediu novamente; então traga-me a pior iguaria. O escravo voltou com um lindo prato coberto com um fino tecido. O amo ansioso, retirou o pano para conhecer o pior alimento.
-LÍNGUA outra vez?!!
-Sim; respondeu o escravo. É com ela que condenamos, separamos, provocamos intrigas e ciúmes, blasfemamos. É com ela que expulsamos, isolamos, caluniamos, enganamos…trazendo sofrimentos.
Não há nada pior do que a língua e nada melhor. Depende de como a usamos.
– Uma palavra pode doer mais que a dor física. A dor física pode cessar com medicamentos, mas a dor de uma palavra mal dada, gera feridas na alma que nem o tempo apaga e quando apagada deixam cicatrizes.
Façamos de nossos lábios instrumentos em favor da paz , da alegria e do Amor!
Uma palavra que fere ; depois de proferida, é como o soltar do alto de uma grande montanha um saco
cheio de penas ao vento , e tentar recolhê-las. É difícil sanar o dano causado. Por isso, antes de proferir qualquer palavra que envolva qualquer pessoa, devemos utilizar do nosso bom senso e acima de tudo nos revestirmos da bondade, da verdade e da necessidade de falarmos algo.
Tenham um dia cheio de Paz e Alegria! Hoje e sempre!

Editor - G.D. Rueda

Desenvolvedor de sistemas, palhaço, DJ, palhaço hospitalar, administrador do site e integrante do grupo Cata-Vento da Alegria.

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