Outro dia eu reencontrei um amigo aqui e ele não estava bem.
Me contou, para minha surpresa, que tinha sido demitido da empresa onde trabalhava há muitos anos.
E me explicou então que desde o início do ano sabia que alguns seriam demitidos e que o nome dele
estava incluído e, que desde então , começou a faltar ao trabalho, chegar mais tarde,
não fazer as coisas direito, de maneira que fim de maio a direção da empresa disse que ele não precisava mais ir e,
pagariam o aviso prévio com ele em casa. Eu não queria deixá-lo mais desanimado
do que já estava, mas em mim mesma não estava acreditando que ele tivesse tido uma atitude assim.
Se eu soubesse por antecipação que seria demitida de uma empresa, trabalharia com mais afinco, daria o melhor de mim porque no final,
preferiria que eles se perguntassem se realmente tomaram a boa decisão do que se convencessem que tinham razão. Não somos fracos
porque as pessoas dizem que somos fracos, mas porque nos convencemos disso. Perdemos oportunidades, jogamos fora ocasiões que
poderiam nos servir para avançar. Falta, simplesmente, coragem para conseguir as coisas. Cultivamos demais as ervas daninhas
“é difícil” “é impossível” e “não tem solução” no nosso jardim. Claro, as oportunidades acabam murchando, morrem sufocadas.
E nós com elas.
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Muitas vezes quando nos julgamos muito inteligentes, estamos apenas no meio do caminho que essa
palavra significa. Ser inteligente não é saber tudo ou ter a curiosidade de tudo saber. Ser inteligente
é tirar proveito das lições da vida, olhar os acontecimentos com objetividade e não permitir que as
emoções dominem a situação.
Desistir na metade do caminho só porque alguém disse que seria difícil continuar, não é uma atitude inteligente.
É importante continuar e até com mais ânimo e vontade de vencer quando as dificuldades apontarem na esquina.
Fazemos isso com as crianças quando queremos obter alguma coisa delas dizendo “aposto que você não vai conseguir” porque
sabemos que ela vai pegar aquilo como um desafio e vai se desdobrar em esforços.
E por que baixamos os braços, nós, adultos, conscientes e tão sábios?
Há quem diga que tomou esse ou aquele caminho porque não teve opção. É a vida, o que podemos fazer?
Devemos aceitar as situações porque esse é o nosso destino. Será?
Se fosse assim, melhor seria não fazer nada, se sentar num canto e esperar o destino acontecer.
podemos ficar parados para ver o que acontece. O que não podemos, geralmente, é voltar atrás. Não… nós voltamos atrás
nas nossas decisões, mas não nas conseqüências que elas já ocasionaram em nós… e nos outros!
Quando a caminhada parecer longa e dura demais e as pessoas acharem que você vai desistir, encha o peito de fôlego e prove
do que você é capaz. Volte a ser criança e aceite o desafio, sem duvidar um instante que você vai conseguir. Lute até o último instante
e se você não mudar a situação, vai ter deixado pelo menos nos outros e em você mesmo a impressão de um batalhador,
que não se deixa facilmente vencer.
Não deposite nas mãos de ninguém e em nada a chave para a sua felicidade. Guarde consigo o poder de ser dono da sua própria
vida e diga-se que se você for um bom condutor, vai saber evitar acidentes. E se eles vierem, apesar de tudo, nem por isso condene-se!
Muitas quedas acontecem para nos acordar para uma outra realidade, para nos ensinar a parar um pouco e, quem sabe,
encontrar outras direções e saídas. E caminhar sem parar pode ser extremamente entediante e cansativo.
Guarde no seu coração o amor a si mesmo e aos outros, cultive a fé como arma de luta, como escudo, seja guerreiro na história,
nem que seja a sua e vença, porque se o próprio Deus acredita em você, não há razão para duvidar.
Letícia Thompson