Kathy Staub sentiu o coração acelerar e o suor cobrir-lhe a testa, era assim todas as vezes que precisava aplicar em Michael, seu filho mais novo , uma injeção para estimular a produção de glóbulos brancos .O rapaz de 20 anos cursava o segundo ano da faculdade e meses antes recebera o diagnóstico de um tipo raro de leucemia. De todos os tratamentos já recebidos a injeção era o que ele menos tolerava .Depois do sufoco que era tomar a injeção ; Michael ajustava o soro preso ao peito e se sentava em frente o sofá para ver TV. Kathy podia ter contratado uma enfermeira. Mas queria ELA cuidar do seu filho quando recebia alta dos tratamentos do hospital e precisava continuar o tratamento em casa , mesmo não gostando de ver sequer uma gota de sangue. Kathy tinha mais dois filhos; Melissa de 23 anos e Matthew Jr. De 22 anos. Mas ela e Michael, tinham uma ligação muito especial. Quando o filho ficava internado ela praticamente se mudava para lá. Com isso ela os filhos e o seu esposo ficaram muito íntimos do pessoal do Hospital. Eles cuidavam muito bem do Michael. E sempre a animavam ele “vai se curar”. Quando ela não conseguia dormir na cadeira reclinável ao lado do filho lhe faziam até massagens relaxantes.
Kathy passou a admirar mais as enfermeiras ainda quando um dia preocupada de não errar o alvo da injeção em seu filho que tinha que ser administrada em 90º e não refluir sangue, espetou sem querer a própria mão , uma injeção de anticoagulante e o remédio acabou entrando em sua corrente sanguínea ;a picada da injeção sangrou horas a fio.
Ela mãe zelosa anotava todas as injeções e todos os 50 comprimidos que dava a Michael diariamente em uma caderneta que guardava na sala de jantar. Michael piorou muito em agosto de 2001 e foi internado para uma terceira etapa de quimioterapia. Kathy pediu demissão de seu trabalho para poder ficar com o filho em tempo integral. Só ia para casa uma hora por dia para tomar banho e ver a família. Não dormia quase nada pois Michael passava a noite quase toda vomitando e tinha diarreia constante. Kathy embora com muito sofrimento como mãe, jamais esmorecia e sempre otimista animava seu filho a se recuperar com carinho. Ela era tão convincente que Michael sempre acreditou que ia conseguir se curar. Ele que nascera prematuramente no dia 1º de janeiro de 1981. Tivera dificuldades de aprendizado até a 3ª série .
Teve dificuldades para passar no vestibular .Deixou de viajar nas férias para fazer curso de reforço e assim conseguiu entrar na Universidade . Ele tinha 1,75 m, e por isso sempre ouvira que era baixo demais para praticar esportes, mas mesmo assim conseguiu entrar para o time de futebol americano da Universidade.
Quando a terceira etapa da quimioterapia terminou, em setembro de 2001, Michael voltou para casa a fim de esperar os resultados do tratamento . Semanas mais tarde os familiares de Michael ficaram arrasados quando foram informados pela médica oncologista responsável pelo tratamento, que a quimioterapia não funcionou. Não haveriam novas etapas. Michael está morrendo.
Michael ao perceber que a mãe chorara queria saber se ela estava bem. Kathy não ignorou o que a médica dissera e tratava do filho com todo amor e carinho como sempre, sem demonstrar sua angústia. No casamento da irmã ele estava pálido e melancólico e estava um pouco febril, ao terminar a cerimônia o levaram ao hospital, e após exames se descobriu que ele estava com insuficiência cardíaca. Isso em março de 2002. Ficou internado e em 14 de abril ainda no hospital, ao acordar de um cochilo no sofá pediu que a mãe estudasse para ser enfermeira e trabalhar onde ele era tão bem tratado. Fez a mãe fazer promessa a respeito. Tudo para não contrariá-lo ela concordou… No dia seguinte ele faleceu.
Kathy enfraquecida pela longa vigília e a perda do filho se recuperava quando um dia teve um sonho onde via Michael saudável e bonito e veio cobrar o cumprimento da promessa. Isso fez com que ela se mexesse. Estudar enfermagem foi muito difícil, pois desconhecia as habilidades do computador, mas teve muito apoio do restante da família . Vivia mergulhada em livros. Fez até cursos de verão. Até que conseguiu o diploma em maio de 2006. Foi a uma feira de empregos e escolheu o hospital que cuidara de seu filho e foi pedir uma vaga . Após vencer todas as dificuldades iniciais ela adora trabalhar com aquelas que cuidaram de seu filho e ainda estão lá e quando perguntam como ela superou tudo aquilo ela diz, Deus quando nos leva um filho, nos dá condições sempre de cuidar dos filhos que ainda estão em outros lares nesta profissão abençoada. A gente nunca esquece, mas quem está no tratamento, tem que ter certeza que vai vencer a doença. Se não for assim, a cura que é em sua maioria, não acontece.
TENHA UM DIA LINDO E ABENÇOADO PLENO DE PAZ E ALEGRIA ! HOJE E SEMPRE!