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Pessoas Invisíveis

Pessoas Invisíveis

   Nos tempos atuais, há pessoas que possuem doutorado acadêmico, ou condições financeiras de um bom nível ; se consideram  privilegiados em conhecimento,  e se isolam de algumas pessoas. Não cumprimentam o porteiro ou a faxineira do prédio, porque essas pessoas não são de seu nível social ou cultural.

Para mostrar essa falta de sensibilidade, durante nove anos, o psicólogo Fernando Braga da Costa  como parte da pesquisa do seu doutorado trabalhou junto com  os garis da Universidade de São Paulo, não conseguindo ser reconhecido por seus professores, colegas de trabalho e amigos do curso. Não foi rejeitado, nunca sentiu grosserias , mas era como se ele não existisse .

Na convivência com seus companheiros, de “invisibilidade”, compartilhou o sofrimento vivido por todos eles nas situações de humilhação pelas quais passavam cotidianamente.

A invisibilidade social é um fenômeno da neurose de classe para discriminar certas pessoas que ficam invisíveis através de preconceitos estéticos, culturais, sociais e econômicos. Essa arrogância opera nos planos mentais do consciente e do inconsciente, o resultado disso é que pessoas com atividades consideradas inferiores permanecem como seres imperceptíveis.

As profissões que mais tornam invisíveis pessoas comuns : catadores de lixo, garis, faxineiras, frentistas, babás, cobradores de ônibus e outras de caráter operacional. São tratadas como insignificantes por uma parte da sociedade, apesar de sua extrema relevância econômica e social.

O antropólogo Robert Da Matta em seu livro O que é o Brasil? Afirma a existência de dois espaços básicos brasileiros: “A casa e a rua. A casa reflete ao privado – não somente a morada, como as redondezas do bairro, lá o indivíduo torna-se sujeito em tom de pessoalidade exacerbado, um ser totalmente visível. Ao contrário da rua, o público, que transforma o sujeito em indivíduo, um ser impessoal, caracterizado pela função do trabalho. Invisível socialmente, visível funcionalmente”.

Conta-se que em uma empresa,  havia uma senhora, que fazia a limpeza cotidianamente no local, e fazia um café muito saboroso para todos que ali trabalhavam. Repentinamente, essa senhora deixou de ir ao trabalho, foi substituída, mas todos sentiam sua ausência.

Todos queriam saber o que havia acontecido com ela, mas como localizá-la? De repente perceberam que nem o nome dela sabiam.

Com quantas pessoas acontece isso? Convivemos anos, damos bom dia ou boa tarde , para pessoas que nos cercam. Porém, por fazerem parte de um outro nível cultural ou social, nos mantemos afastados com medo de nos envolvermos , ou de nos “misturarmos”, deixando pessoas maravilhosas, muitas vezes com muito a oferecer, se tornarem “invisíveis “ ao nosso redor.

Ou seja;  a invisibilidade social é relacionada, a pessoas que exercem profissões, que são desprovidas de glamour, de status, de reconhecimento social e de remuneração inadequada.

São geralmente pessoas que são extremamente necessárias, para a coletividade, mas pelos mais variados motivos, as pessoas as ignoram. Muitos não são percebidos nem como seres humanos.

Muitos são tão acostumados em serem humilhados com sua invisibilidade, que  até esquecem que são seres humanos tão iguais aos que não o enxergam, afastando-se mesmo quando podem conviver.

Sejamos nós, não deixar que alguém ao nosso redor, se torne “invisível” Vamos procurar, respeitar cada ser humano ao nosso redor, não os valorizando pelo nível social ou profissão, mas os respeitando por serem pessoas.

 

“ Antes de você falar, ouça. Antes de agir, pense. Antes de criticar, conheça. E antes de desistir, tente. Não desista jamais de ser feliz, quando sentir  que está sendo invisível, procure mostrar a sua personalidade. Não sofra; porém demonstre que você existe. Se valorize”

TENHA UM DIA ABENÇOADO E FELIZ, HOJE E SEMPRE!!!!

 

( T.D.Rueda)

Editor - G.D. Rueda

Desenvolvedor de sistemas, palhaço, DJ, palhaço hospitalar, administrador do site e integrante do grupo Cata-Vento da Alegria.

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