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A Borracha

A Borracha

     Entre o caderno e o Lápis está a borracha, nossa inseparável amiga e a que tem o significado mais profundo. Ela é um “sinônimo” de desculpas, que claro, não justificam erros. 
     Confundem-na com o perdão, quando nos pedem que passemos uma borracha em tudo, como se o perdão passasse a ser amnésia. Não tem jeito, borracha apaga lápis, não há borracha para palavras proferidas, sejam ou não ofensivas. 
   Não se apagam gestos de maus-tratos, ofensas, injúrias, muito menos o desamor! Sabe por que?  Porque quando isso ocorre, perde-se o que temos como “sagrado” e indispensável na vida, a Confiança.
     O que isso tem a ver com a borracha? É que de tanto perdoar e tentar recuperar a confiança, como a borracha, um dia ela se acaba, restando apenas rabiscar ao máximo o que erramos e recomeçarmos num espaço em branco. Claro que preferimos reescrever sem ter que riscar, mas ao mesmo tempo, é fácil passar uma borracha. Mas será que fica bem “apagadinho”?      Ou sobram restos de imagens que nos fazem recordar e notar que não perdoamos de fato e totalmente.
     Pensemos então que o tempo pode se transformar em uma borracha em nossas vidas, onde aos poucos vão se apagando as ofensas, injúrias, decepções, ódios e desilusões, fazendo com que os monstros criados em nossa mente, passem a ser um grãozinho de areia no nosso caminho.
     Amando intensamente, aprenderemos a perdoar, poderemos nos transformar na “borracha do tempo”. Como disse a poetisa Renata Crecenço: "Meu coração é escrito a lápis, assim apago e escrevo outros nomes, situações, perdas, desejos e sonhos".     Onde na verdade, escrevemos sem perceber, e apagamos sem querer. Como seria bom presentear um ente querido com uma borracha capaz de apagar tudo que o desagradasse, que lhe fizesse mal, que lhe fosse destrutível.       Muitos já pensaram em possuir uma borracha com o poder de apagar algo que fez ou que aconteceu.      Algo que tenha doído tão fundo, ou que tenha tido consequências tão graves, que você daria tudo para ter a oportunidade de recomeçar, com mais inteligência e sensatez, fazendo então diferentes escolhas.
     Mas isso seria o mesmo que pedir para recomeçar do zero. Mas você me diria: E as pessoas já recomeçaram na vida, seguindo novos caminhos, mudando de direção?
     Isso sempre será possível, só não será ; recomeçar do zero! Não existe fingir que não houve um passado, e não estar ligado a ele de alguma forma. Não existe uma amnésia existencial, porque se ela existisse, e partíssemos do Zero, poderíamos passar a cometer os mesmos erros, porque não traríamos conosco essa carga de experiência que carregamos hoje, que não há como negar ou renunciar.
      Penso que acreditar que tudo o que fizemos valeu de alguma forma, e é a melhor forma, seja com erros ou acertos, reconhecendo e corrigindo falhas, mas o principal, pegando como bagagem de vida, valorizando o que conquistamos e deixando de lamentar o que perdemos. Deus não nos condena, somos nós que nos condenamos quando cruzamos nossos braços, permanecendo estáticos, imobilizados diante do que é errado, pegando rapidamente uma borracha e apagando da mente aquela imagem. Mas a vida continua, ela é muito mais rica para aqueles que abraçam o futuro, mas de mãos dadas com o passado. Essas pessoas jamais se sentirão abandonadas, com medo de tomar uma decisão errada.
     Temos que ter consciência, que Deus nos dá um lápis, mas não uma borracha, para que ao invés de apagarmos nossos erros, comecemos a escrever em uma nova folha a cada amanhecer.
Três coisas que ainda não foram inventadas: "Um lápis que escreva o futuro, uma borracha que apague o passado e uma régua que meça o amor ! “( Valdir Guimarães ) 

     “A agitação do dia-a-dia nos deixa muitas vezes um tanto atordoados. Porém, a Palavra do Senhor logo vem nos confortar. Ela nos dá a segurança de que não estamos sozinhos. Não importa por onde andemos, Ele irá conosco e nos dará descanso. 
     Todos nós recebemos um dom de Deus. Seja ele qual for, deve ser usado em benefício de nosso próximo. “

TENHA UM DIA PLENO DE PAZ E ALEGRIA, COM MUITO AMOR!
 

Editor - G.D. Rueda

Desenvolvedor de sistemas, palhaço, DJ, palhaço hospitalar, administrador do site e integrante do grupo Cata-Vento da Alegria.

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